O corpo
humano é um instrumento complexo e maravilhoso, que se adapta ao meio terrestre
e às nossas múltiplas necessidades. Porém, ele é apenas o revestimento
material, relativamente grosseiro, desse corpo sutil, o perispírito, do qual
Massenet nos fala e que todos nós possuímos durante a vida, como também após a
morte.
A existência
desse perispírito é demonstrada pelos fenômenos de exteriorização dos vivos e
pelas aparições fotografadas dos mortos, freqüentemente relatadas nesta revista.
Esse corpo
sutil, admirável por sua flexibilidade e sensibilidade, é o envelope
imperecível da alma e, da mesma forma que ela, suscetível de depuração e de
progresso. Ele vibra aos menores impulsos do espírito e dele transmite ao corpo
físico as vibrações inevitavelmente diminuídas. Eis por que, na vida do espaço,
durante o sono como após a morte, o perispírito sente mais vivamente as
influências dos meios em que ele penetra. Ele possui recursos mais amplos,
meios de percepção desconhecidos dos homens, mas dos quais certos homens
conservam a intuição ao despertar, após o desprendimento e as viagens
espirituais da noite.
Nesse
conjunto que constitui o homem, a alma ou inteligência é a nota dominante. A
correlação entre os dois invólucros, físico e perispiritual, relaciona-se a uma
única lei: a das vibrações.
O papel e o
funcionamento do perispírito permanece como um dos problemas mais interessantes
do Espiritismo; ele contém, em germe, todos os segredos da fisiologia e da
psicologia, que se esclarecerão à medida que nossas relações com os
desencarnados forem se ampliando e se multiplicando. Por esse meio, obteremos
novos dados sobre as condições da vida no Além e, em geral, sobre o modo de
ação do espírito liberto do corpo material.
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