O estudo do Espiritismo nas suas relações com a arte limita-se com os mais vastos problemas do pensamento e da vida. Ele nos mostra a ascensão do ser, na escala das existências e dos mundos, em direção a uma concepção sempre mais ampla e mais precisa das regras da harmonia e da beleza, segundo as quais todas as coisas são estabelecidas no Universo. Nessa ascensão magnífica, a inteligência cresce pouco a pouco; os germes do bem e do belo, nela depositados, se desenvolvem ao mesmo tempo em que a sua compreensão da lei de eterna beleza se amplia.

A alma chega a executar sua melodia pessoal, sobre as mil oitavas do imenso teclado do Universo; ela se penetra da harmonia sublime que sintetiza a ação de viver e a interpreta segundo seu próprio talento, desfruta cada vez mais as felicidades que a posse do belo e do verdadeiro proporciona, felicidades que, desde este mundo, os verdadeiros artistas podem entrever. Assim, o caminho da vida celeste está aberto a todos, e todos podem percorrê-lo, por seus esforços e seus méritos, e conseguir a posse desses bens imperecíveis que a bondade de Deus nos reserva.



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domingo, março 4

espinhos e flores


coração


Quanto mais um ser, por sua vontade e por seus atos, se aproxima de Deus, mais ele está apto a sentir os eflúvios e as vibrações divinas. Segundo sua evolução, essas vibrações se traduzirão por criações de virtudes, com a palavra virtude sendo tomada em um sentido bastante geral. 
Em minha consciência ela significa tudo o que é digno de ser amado. A arte, portanto, é um dos meios de se sentir a grandeza de Deus. Devemos agradecer ao Criador por nos deixar sempre em relação com ele, e temos que nos tornar cada vez mais dignos disso. É preciso venerar e amar a arte, porquanto, através da imensidão do espaço, ela é a mensageira da imortal irradiação e do movimento divino universal.


O Espiritismo na Arte