O estudo do Espiritismo nas suas relações com a arte limita-se com os mais vastos problemas do pensamento e da vida. Ele nos mostra a ascensão do ser, na escala das existências e dos mundos, em direção a uma concepção sempre mais ampla e mais precisa das regras da harmonia e da beleza, segundo as quais todas as coisas são estabelecidas no Universo. Nessa ascensão magnífica, a inteligência cresce pouco a pouco; os germes do bem e do belo, nela depositados, se desenvolvem ao mesmo tempo em que a sua compreensão da lei de eterna beleza se amplia.

A alma chega a executar sua melodia pessoal, sobre as mil oitavas do imenso teclado do Universo; ela se penetra da harmonia sublime que sintetiza a ação de viver e a interpreta segundo seu próprio talento, desfruta cada vez mais as felicidades que a posse do belo e do verdadeiro proporciona, felicidades que, desde este mundo, os verdadeiros artistas podem entrever. Assim, o caminho da vida celeste está aberto a todos, e todos podem percorrê-lo, por seus esforços e seus méritos, e conseguir a posse desses bens imperecíveis que a bondade de Deus nos reserva.



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sábado, março 16

tempo dos olhos


Aspiração


Por uma vontade sempre firme, por um apelo direto, aspirai, portanto, as irradiações vivificantes, assim podereis vos manter em relação com os feixes fluídicos que emanam do campo divino e que vivificarão, por sua ação, as partes dos vossos seres contaminadas pela ferrugem dos defeitos e dos vícios. É por essas relações, quase constantes, com esses feixes fluídicos, que o ser, em um mundo ou no espaço, conserva aptidões, meios de elevação, intuições que formam o sentido genérico da palavra arte.