O estudo do Espiritismo nas suas relações com a arte limita-se com os mais vastos problemas do pensamento e da vida. Ele nos mostra a ascensão do ser, na escala das existências e dos mundos, em direção a uma concepção sempre mais ampla e mais precisa das regras da harmonia e da beleza, segundo as quais todas as coisas são estabelecidas no Universo. Nessa ascensão magnífica, a inteligência cresce pouco a pouco; os germes do bem e do belo, nela depositados, se desenvolvem ao mesmo tempo em que a sua compreensão da lei de eterna beleza se amplia.

A alma chega a executar sua melodia pessoal, sobre as mil oitavas do imenso teclado do Universo; ela se penetra da harmonia sublime que sintetiza a ação de viver e a interpreta segundo seu próprio talento, desfruta cada vez mais as felicidades que a posse do belo e do verdadeiro proporciona, felicidades que, desde este mundo, os verdadeiros artistas podem entrever. Assim, o caminho da vida celeste está aberto a todos, e todos podem percorrê-lo, por seus esforços e seus méritos, e conseguir a posse desses bens imperecíveis que a bondade de Deus nos reserva.



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sábado, novembro 12

passado artístico

Entendeis que é muito fácil para um ser que já possua, por sua evolução, um passado artístico, reproduzir no meio fluídico, não somente arcadas arquitetônicas, mas também telas sobre as quais irão se imprimir cenas reconstituindo o que eu chamaria de o sonho em cores.
No próprio espírito do ser, as cores existem em estado latente, visto que elas mesmas são formadas por moléculas diferentemente coloridas. Essas moléculas podem ser comparadas a pequenos pedaços de vidro de variadas cores. O pensamento, atravessando essas moléculas, fará uma projeção que reproduzirá os assuntos que o ocupam. A fotografia em cores pode ser tomada como comparação, pois que, de uma forma bem restrita, ela pode dar uma fraca idéia das colorações fluídicas do espaço.
Vós vedes daqui a diversidade das cenas que podem ser projetadas por seres especialmente organizados. Naturalmente aqueles que trabalharam a pintura são os que projetam os mais belos quadros, porque possuem a harmonia da linha e a ciência do desenho.
A atração dos meios espirituais não é uma palavra vã; a corrente se perpetua e se estende, a evolução prossegue, mesmo no espaço, e numerosos são os espíritos que, voluntariamente, buscam se impregnar de qualidades radiantes dos espíritos mais avançados que eles.
Estes criam, no meio em que vivem, quadros, cenas de um deslumbramento extraordinário, de uma riqueza de colorido incomparável. Como na arquitetura, esses quadros são perecíveis, de acordo com a vontade do ser que os formou, mas existem regiões onde, seja em arquitetura, seja em pintura, cenas e monumentos subsistem após a reencarnação do seu autor. É como um dos limites do espaço separando os mundos etéreos, mundos numerosos onde a vida é puramente espiritual e que são freqüentados apenas por espíritos muito elevados. É lá que os seres vão em missão buscar as altas inspirações, iniciar-se no culto do belo e do bem, impregnando-se de radiações que têm um caráter realmente divino.”

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